sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Resenha: Crepúsculo - Stephenie Meyer - Editora Intrínseca



Crepúsculo
Autora: Sthephenie Meyer
Editora: Intrínseca
Categoria: Romance/Fantasia
ISBN: 978-85-980-7830-4
416 Páginas
1º Edição – 2008


Sinopse

Quando Isabella Swan se muda para a melancólica cidade de Forks e conhece o misterioso e atraente Edward Cullen, sua vida dá uma guinada emocionante e apavorante. Com corpo de atleta, olhos dourados, vez hipnótica e dons sobrenaturais, Edward é ao mesmo tempo irresistível e impenetrável. Até então, ele tem conseguido ocultar sua verdadeira identidade, mas Bella está decidida a descobrir seu segredo sombrio.





Nunca fui fã de histórias de amor, então é de se imaginar que minha infância e pré-adolescência foram marcadas, dentre outras coisas, por minha aversão à Crepúsculo. E isto foi ainda mais agravado pelo fato da série de livros de Stephenie Meyer vir em meio a uma era - no que diz respeito as minhas leituras - de volumes young adult que eu considerava mais interessantes, como Harry Potter, Percy Jackson e Jogos Vorazes. Porém nunca neguei que a aventura vampiresca era um marco da cultura pop do início deste século. E foi justamente isto o que me motivou a reassistir a saga no mês passado.

Cinco filmes e milhares de execuções de “Decode” no Spotify depois, resolvi tirar minha cópia de Crepúsculo que havia comprado aos 11 anos da estante, e dar uma segunda chance ao mesmo. Porém, dessa vez, tentei lê-lo sob a ótica de uma adolescente, e posso afirmar uma coisa: muita coisa fez sentido depois disso. Meyer sabia a quem queria atingir com essa história, por isso a desenvolveu de forma simples, com diálogos e narrações curtas – um pouco corridas e repetitivas para o meu gosto, mas aí me lembrei que eu havia me comprometido a ser uma garota de 14 anos ao folhear aquelas páginas e precisei relevar estes pontos.


Bella é uma personagem muito mais interessante na leitura, além de ser melhor explorada e possuir um lado mais ácido – morri de rir com a estratégia para seduzir Jacob (que aqui é só um jovem normal que vivia em La Push, sem interferir no plot principal). O mesmo pode-se dizer do vampiro Edward, cuja descrição e enaltecimento de atributos físicos me fez lembrar de obras da Nora Roberts e da Hannah Howell. O clima de suspense que rodeia a verdade sobre o clã Cullen é atraente e dá agilidade a primeira metade do livro. Após a grande revelação, a narrativa começa a focar no desenvolvimento do romance entre Edward e Bella, o que dá uma diminuída no ritmo, porém atende as expectativas de jovens em busca do retrato de um amor. Porém, os eventos eletrizantes do final dão uma reascendida na ação.

Ao final da leitura, pude ter uma dimensão do porquê essa saga se tornou um fenômeno literário e cinematográfico. A semente que Crepúsculo planta e é desenvolvida em Lua Nova, Eclipse e Amanhecer é correspondente com o anseio de muitas meninas em relação ao primeiro amor. A insegurança e a curiosidade de Bella em relação ao seu amado e aos sentimentos que desenvolve por ele geram identificação. Além disso – e isso eu louvo de verdade –, a saga foi a primeira referência literária para milhões de garotas, que desenvolveram gosto pela leitura após toda essa paranormalidade avassaladora.

No aniversário de 10 anos do lançamento do filme, é impossível não sentir a nostalgia em torno de algo que marcou, de diferentes formas, uma geração.

Até a próxima resenha!






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