Os 13 Porquês
Formato: Série
Gênero: Drama/Mistério
Número de Episódios: 13
Duração: 49-61 minutos
Baseado em: Os 13 Porquês de Jay Asher
Distribuída por: Netflix
Lançamento: 31/03/2017
Lançamento: 31/03/2017
Sinopse
Thirteen Reasons Why é conarrada por Clay Jensen, um rapaz que ao regressar um dia da escola, encontra na porta de sua casa um misterioso pacote com seu nome. Dentro, ele descobre várias fitas cassetes. O garoto ouve as gravações e se dá conta de que elas foram feitas por Hannah Baker, uma garota que cometeu suicídio duas semanas atrás. Nas fitas, Hannah explica que existem treze motivos que a levaram à decisão de se matar. Clay é um desses motivos. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento.
Parece que a história de
Hannah Baker simplesmente não quer me deixar em paz e hoje resolvi trazer para
vocês um pouco da minha visão a respeito da adaptação do livro “Os 13 Porquês” (confira a resenha do livro aqui) que teve sua estreia na ultima sexta-feira, 31/03/2017, no serviço de streaming
Netflix. Sem mais delongas, vamos à resenha!
Pra começar, quero deixar
claro que a minha história com “Os 13 Porquês” começou há alguns anos quando eu
soube do livro e tive muita vontade de lê-lo, porém o “depois” parecia muito
mais fácil e fui sempre deixando para ler no futuro (um futuro que demorou
muito a chegar). Eis que saiu o primeiro trailer da adaptação e após assisti-lo
me senti na obrigação de ler o livro para poder ver a série quando saísse.
Assim, após alguns meses de enrolação finalmente consegui ler a obra e me
apaixonei (como deu pra notar em uma das últimas resenhas que fiz), daí em
diante minhas expectativas para a série mantiveram-se lá no alto e bem... Elas
foram mais do que supridas.
Em segundo plano, é bom
ressaltar que a adaptação possui sim algumas mudanças significativas em relação
à obra literária, porém muitas delas são pequenas (até me questionei do porque
de alterarem coisas tão bobas) e as que são maiores mostram-se extremamente
necessárias para construir uma adaptação mais consistente e aumentar a
dinamicidade das interações entre os personagens na série (coisa que no livro
não fica muito claro, já que Clay escuta todas as fitas numa única noite).
Então, até mesmo as mudanças foram capazes de tornar a experiência ainda mais
interessante e em momento algum ser incomodo ou algo do gênero (inclusive,
quero deixar bem claro que essa foi até hoje a adaptação mais fiel de um livro
que gosto). Desse modo, somos capazes de ter uma visão maior do efeito e das
mudanças que as fitas gravadas por Hannah causaram na vida de cada um dos personagens
que as protagonizou e isso é simplesmente incrível, pois torna a experiência
ainda mais real e dolorosa. Além disso,
a visão dupla apresentada no livro foi muito bem adaptada e aproveitada para a
série, ao nos mostrar as diferentes reações de Clay a cada um dos
acontecimentos apresentados nas fitas (sem esquecer, que com a mudança temporal
pudemos ver isso nos outros personagens também) o que provoca as mais variadas sensações
e emoções.
É necessário destacar,
também, que a série merece muitos aplausos pela sua coesão entre os acontecimentos
que a constroem e a sua trilha-sonora – simplesmente sensacional – que tornam a
nossa experiência ainda mais intensa e emocional (Super indico que escutem a trilha-sonora
– disponível em todas as plataformas digitais – pois eu simplesmente adorei e
não consigo parar de escutar). Diante disso, uma das mudanças – que inicialmente
estranhei – que mais me agradou foi no relacionamento entre Hannah e Clay, que
tornou a ligação entre eles ainda mais dramática e densa do que a apresentada
no livro, criando uma conexão maior entre os personagens (algo que claramente
me fez sofrer com esse shipp impossível! Isso não se faz, Netflix!). Tudo isso
sem citar o elenco, que só acrescentou para deixar a série ainda melhor e mais
bem feita.
Outro fator de relevante importância
a respeito da complexidade apresentada nas cenas é que vale a pena frisar a
realidade com que algumas das situações mais pesadas do livro foram retratadas
(uma delas me deixou tão abalado a ponto de sentir ânsia), sem tentativa de
suavizar ou motivar tais atitudes, apenas nos mostrando da maneira mais próxima
possível como elas realmente são e esse é um ponto magnífico, porque por mais
que doa assistir coisas assim elas ocorrem de maneira similar na vida real e
precisam ter maior visibilidade para discussões em nossa sociedade tão
acostumada a maquiar as coisas e fingir que nada acontece.
Por fim, a série com certeza
absoluta entrou para a minha lista de favoritas de toda a vida e se tornou uma
daquelas que sempre indicarei a qualquer um, pois trata de maneira honesta e
simples um tema visto como tão complexo e mal interpretado em nossa sociedade. Enfim,
após tanta coisa boa não tenho muita certeza se desejo uma segunda temporada ou
não, pois a série foi fechada de maneira tão correta e bem elaborada, que até
mesmo as poucas aberturas deixadas fazem perfeito sentido e se complementam a
ponto de não acharmos extremamente necessário que aja algo mais (deu pra notar
que estou numa grande contradição sobre isso, né?). Bem, dentre tantas
incertezas no fim a minha única certeza é do quanto amei a série e desejo que
ela receba a visibilidade que merece para que o seu tema seja discutido mais
abertamente e adquira a atenção necessária. (É UMA DAQUELAS SÉRIES QUE VOCÊ TEM
QUE VER ANTES DE MORRER, TÁ?).
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