Outlander – A Viajante Do Tempo Autora: Diana Gabaldon
Editora: Arqueiro
Categoria: Aventura/ Fantasia/ Ficção/ Romance Histórico
ISBN: 9788580416039
Páginas: 800
1ª Edição: 2016
Sinopse
Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros.
Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro das Terras Altas, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo pelo escocês. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?
Pra começar, quero deixar bem claro que preciso escutar a Papy (a Paloma aqui do blog) sempre! Sério, gente! Não tem outra maneira de começar essa resenha se não a dizer isso, porque meu Deus! Ela esteve certa o tempo todo quando me disse que eu ia adorar esse livro, mas como bom ariano teimoso que sou fiz o favor de enrolar eternamente e sempre deixar a leitura para depois. Nesse ponto, eis que a oportunidade surgiu e finalmente resolvi que havia chegado a hora de dar uma chance ao romance histórico sobre o qual tanto ouvi falar bem (Olha! Quem conhece ela sabe que não estou mentindo, rs) e não é que tudo estava perfeitamente correto?
“Pessoas desaparecem o tempo todo. Pergunte a qualquer policial. Melhor ainda, pergunte a um jornalista. Os desaparecimentos fazem parte do dia a dia deles.
Adolescentes fogem de casa. Crianças desgarram-se dos pais e nunca mais são vistas. Donas de casa chegam ao limite da paciência, pegam o dinheiro das compras e um táxi para a estação de trem. Banqueiros internacionais mudam de nome e desaparecem na fumaça de seus charutos importados.
Muitos dos desaparecidos serão encontrados, por fim, vivos ou mortos. Afinal, os desaparecimentos têm explicação.
Quase sempre.” – P. 6
É necessário destacar, primeiramente, que a obra de Diana Gabaldon só se enquadra na categoria fantasia no que diz respeito à viagem no tempo realizada pela personagem principal, Claire, porque a quantidade de fatos históricos que são narrados de uma maneira a nos fazer sentir todas as sensações que a personagem sente no embalo cultural sofrido pela grande mudança temporal é incrivelmente surpreendente.
Nesse sentido, a obra segue a história da obstinada e corajosa Claire, uma mulher de personalidade extremamente forte, o que não era muito bem visto pela sociedade inglesa de 1945, que corre atrás do que quer e após oito anos servindo como enfermeira em bases na segunda guerra mundial finalmente retorna para casa. Desse modo, após esse longo período ela e seu marido, o professor universitário Frank Randall, decidem fazer uma viagem para a Escócia, mais precisamente Inverness, e é aí que nossa história começa a tomar um rumo completamente diferente do imaginado quando num de seus passeios, a procura de desenvolver um hobbie de colecionar ervas medicinais, a personagem dá de cara com o misterioso círculo de pedras megalíticas de Craigh na Dun e ao se aproximar demais atravessa uma das pedras, numa espécie de fenda no tempo, e vai parar na... Escócia. Em 1743!
"Não era um lugar muito provável para desaparecimentos, ao menos à primeira vista. A pousada da sra. Baird era igual a milhares de outros estabelecimentos que ofereciam hospedagem e café da manhã nas Terras Altas, região montanhosa da Escócia, em 1945 (...)." – P. 9
Em segundo lugar é importante colocar, também, que a profundidade com que Diana nos apresenta e desenvolve os personagens é bastante impressionante ao passo que nenhuma das relações e interações entre eles é forçada. Diante disso, nada acontece do dia para a noite e em momento algum somos apresentados a personagens caracterizados como “bons” ou “ruins”, ou seja, a autora nos introduz a personagens crus que vão tendo sua personalidade moldada ao longo da narrativa o que por muitas vezes nos provoca momentos de surpresa, onde ao passo que a história evolui somos capazes de entender as motivações de alguns deles ou até mesmo sentir pena daqueles que não deveríamos.
“– Não incomoda você que eu não seja mais virgem? – ele hesitou por um momento antes de responder.– Bem, não. – ele falou devagar. – Desde que não importe que eu seja. – ele sorriu a minha expressão de queixo caído e voltou para a porta. – Acredito que pelo menos um de nós deveria saber o que está fazendo.”
Por fim, gostaria de parabenizar a edição feita de maneira tão cuidadosamente bem projetada que vão desde a capa do livro à sua diagramação e tradução, o que contribui ainda mais para a perfeição do livro. Com isso, espero que tenham uma experiência de leitura tão magnífica quanto a minha e o livro os surpreenda com sua imensidão narrativa tão bem elaborada.
PRESCRIÇÃO: EXTREMAMENTE INDICADO A TODOS, OK?
"– Você tem livre-arbítrio, assim como todas as outras pessoas neste mundo. E a história, acredito, é a soma de todas essas ações. Alguns indivíduos são escolhidos (...) para afetar os destinos de muitas pessoas. Talvez você seja uma delas. Talvez não. Não sei por que você está aqui. Você não sabe. Provavelmente nenhum de nós jamais saberá."
Até a próxima!
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