Razão e Sensibilidade
Autora: Jane Austen
Editora: Martin Claret
Categoria: Romance
Editora: Martin Claret
Categoria: Romance
ISBN: 9788572328746
453 Páginas
1º Edição – 1944
453 Páginas
1º Edição – 1944
Sinopse
Este foi o primeiro romance de Jane Austen. Publicado em
1811, logo recebeu reconhecimento do público. Razão e Sensibilidade é um livro
em que as irmãs Elinor e Marianne representam uma dualidade, de maneira
alternada, ao longo da narrativa. As expectativas vividas pelas duas com a
perda, o amor e a esperança, nos aponta para um excelente panorama da vida das
mulheres de sua época. As irmãs vivem em uma sociedade rígida e ambas tentam
sobreviver a esse mundo cheio de regras e injustiças. Tanto a sensível e
sensata Elinor como a romântica e impetuosa Marianne se veem fadadas a aceitar
um destino infeliz por não possuírem fortuna nem influências, obrigadas a viver
em um mundo dominado por dinheiro e interesse. As duas personagens passam por
um processo intenso de aprendizagem, mesclando a razão com os sentimentos em
busca por um final feliz.
Posso afirmar sem dúvidas
que este é um dos meus romances preferidos. Minha história com este livro
começa quando eu assisti “Orgulho e Preconceito” em uma aula de artes na 8ª
série; fiquei apaixonado pelo filme e fui pesquisar mais sobre ele, e descobri
que era uma adaptação de um livro de Jane Austen. Após desbravar suas obras,
passei a procura-las para ler, e para minha alegria, minha professora de artes
me emprestou Razão e Sensibilidade. Desde
então, já o li três vezes, e minha paixão por ele permanece.
Em primeiro
lugar, é preciso analisar a maneira como Austen escreve. Ela conduz a história
com poucas descrições, apostando em diálogos longos, porém incrivelmente
diretos e ágeis. A condução psicológica das situações chama a atenção,
especialmente na apresentação dos personagens. Porém, a marca mais interessante
dela é a ironia, repleta em toda a obra. Todas estas características juntas
tornam o combo bastante atrativo.
O
dualismo das duas irmãs é o fio condutor da história: Elinor é a “razão” e
Marianne a “sensibilidade”. Ambas enfrentam as mesmas situações – perda da
herança, paixão, busca por um futuro melhor – de maneiras diferentes. Marianne,
a mais jovem, é passional e procura alguém que compartilhe dos seus interesses
pessoais e corresponda as suas ânsias românticas. Elinor é a mais velha, e
apesar de desejar as mesmas coisas que a irmã, esconde isto em uma
personalidade reservada, e por vezes mascara suas emoções para poder cuidar dos
seus e aconselhá-los.
Os
envolvimentos românticos das protagonistas são um atrativo à parte. Edward
Ferrars, alvo do interesse de Elinor, pode não encher os olhos em uma primeira
impressão, mas com a evolução da história ele se mostra um sujeito admirável e
que merece a torcida do leitor. Os impedimentos ao relacionamento dos dois –
como o fato dele ser irmão de Fanny, cunhada de Elinor, que odeia ela e sua
família, dentre outros – fortalecem a trama. Em contrapartida, temos John
Willoughby, crush de Marianne, e é a incorporação de suas idealizações. Porém,
ela também é alvo do interesse do Coronel Brandon, que se torna amigo da
família no começo da história, mas ela o rejeita. Os tipos são conflitantes e
permearão os dilemas amorosos da moça, que terá um desfecho surpreendente.
Por
fim, é necessário reconhecer que a obra tem como intenção apresentar uma
espécie de molde moral. Qualidades como bondade, lealdade à família e bom senso
são aquelas que devem ser preservadas e incentivadas. Entretanto, muitos dos
personagens ligados à impetuosidade podem nos ensinar que é possível manter
qualidades ligadas ao romance e ao idealismo ainda serem consideradas boas
pessoas. Logo, é possível querer almejar um equilíbrio entre razão e
sensibilidade, entre Elinor e Marianne.
Em
suma, Razão e Sensibilidade é um
daqueles romances obrigatórios em seu acervo de livros lidos. Uma história
delicada e envolvente, com duas jovens mulheres fortes guiando seu enredo, e
uma lição final para nossas vidas: o amor pode ser encontrado nas pessoas menos
prováveis, florescer das formas mais improváveis, e ainda assim ser um
sentimento avassalador.
PS: Para aqueles cinéfilos, como eu, recomendo que assistam a ótima adaptação cinematográfica do livro, estrelando Emma Thompson (Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban - como esquecer Trelawney?), Kate Winslet (Titanic) e Hugh Grant (Quatro Casamentos e um Funeral).
Até
a próxima resenha!
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