Ligeiramente Perigosos
Autora: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Categoria: Romance de Época
ISBN: 9788580416459
304 Páginas
1ª Edição - 2017
Sinopse
Aos 35 anos, Wulfric Bedwyn, o recluso e frio duque de Bewcastle, está ávido por encontrar uma nova amante. Quando chega a Londres, os boatos que correm são os de que ele é tão reservado que nem a maior beldade seria capaz de capturar sua atenção.
Durante o evento social mais badalado da temporada, uma dama desperta seu interesse: a única que não tinha essa intenção. Christine é impulsiva, independente e altiva – uma mulher totalmente inadequada para se tornar a companheira de um duque. Ao mesmo tempo, é linda e muito, muito atraente.
Mas ela rejeita os galanteios de todos os pretendentes, pois ainda sofre para superar as circunstâncias pavorosas da perda do marido. No entanto, quando o lobo solitário do clã Bedwyn jura seduzi-la, alguma coisa estranha e maravilhosa acontece. Enquanto a atração dela pelo sisudo duque começa a se revelar irresistível, Wulfric descobre que, ao contrário do que sempre pensou, pode ser capaz de deixar o coração ditar o rumo de sua vida.
A série Os Bedwyns chegou ao fim com esse romance que com certeza fechou a série com chave de ouro.
Ligeiramente Perigosos foi tudo o que prometeu e um pouco mais. Não lembro de ter lido um último livro de série que fosse tão igual ao seu personagem principal quanto este. Retratou Wulfric de forma magnífica e trouxe uma parceira a altura dele - alguém que não o temia e que fez ele sair da sua zona de conforto.
"Wulfric se viu obrigado a admitir que a Sra. Derrick o fazia se lembrar das próprias irmãs... porém lhe faltava a aura dos que tinham berço, que sempre as salvara da vulgaridade. Não que a Sra. Derrick fosse exatamente vulgar. Ela só não era boa aristocrata. Não era mesmo, afinal, não havia nascido no beau monde." - P. 58
Um livro mais próximo da realidade. O duque e Christine não se apaixonam a primeira vista (como ocorre em muitos romances de época), eles aprendem a amar; têm que superar tradições e o conhecido; eles aprendem a enxergar realmente o outro.
Wulfric é o chefe da família, o Duque de Bewcastle, temido por todos, arrogante, frio, e tudo mais o que já sabemos, mas no fundo tem um coração bom e faz tudo por aqueles que ama (mesmo que de forma discreta).
Christine Derrick é viúva e tenta viver longe da sociedade que um dia fez parte. Preza pelas amizades que conseguiu manter, e faz tudo por elas. Dedicada a dar aulas no vilarejo que mora, é engraçada, sonhadora, forte, ingênua, bondosa, alegre. Impossível ficar perto dela e não ser atraído por sua energia: "...ela emanava aquela energia que Wulfric percebera desde o início, aquela vitalidade. Quando estava animada, ela certamente parecia emitir uma luz que vinha do seu íntimo... o que acontecia com frequência. Parecia amar as pessoas - e a maior parte das pessoas retribuía o sentimento." - P. 80
O primeiro encontro dos dois é inusitado. E um fica curioso sobre o outro. Wulfric com seu jeito imponente desperta um sentimento de desafio em Christine, o que ocasiona em vários eventos engraçados; e, inusitados para o Duque de Bewcastle que sempre viveu de forma linear e acostumado a suas vontades serem recebidas sem questionamentos, e os seus olhares serem imediatamente obedecidos.
Ela é a personificação da alegria genuína; ele é a da austeridade.
A história não poderia ter sido mais perfeita. Wulfric é desafiado tanto por Christine como por seus sentimentos. Apesar de tentar não sair do seu mundo perfeito e sensato, de fazer as coisas a sua maneira, ele chega a um momento que tem que escolher seguir sem Christine, ou lutar pelo amor. E quando ele faz isso encara a tarefa de conquistar Christine verdadeiramente - o que às vezes não era uma tarefa das mais fáceis.
Tiveram momentos em que eu quis sacudir Christine e dizer: 'ele está tentando, colabore um pouco também'; e em outros momentos eu queria fazer o mesmo com Wulfric - eu pensava: 'agora vai, ele vai surpreender, vai sorrir', e ele continuava parecendo uma pedra por fora e não deixava os sentimentos transparecerem. Era frustrante, mas era o Duque de Bewcastle sendo o Duque de Bewcastle.
"- Eu seria consumida pelo senhor - disse Christine, e piscou furiosamente quando sentiu os olhos marejados. - O senhor drenaria de mim toda a energia e toda a alegria. Apagaria todo o fogo da minha vitalidade.
- Dê-me a oportunidade de inflamar ainda mais as labaredas desse fogo - pediu ele -, e de alimentar sua alegria." - P. 188
Maaaaaaaaaaaassss chegou um momento que ele SURPREENDEU todo mundo: leitor, Christine e ATÉ a própria família. E foi lindo e emocionante ver o quanto ele se predispôs a mudar, a se libertar para poder amar e ser amado.
O livro traz uma história linda de amor, mas também traz histórias sobre: superação de preconceitos, de tradições e de decepções; renovação e transformação; família e amigos; confiança; e , principalmente, de autoconhecimento e coragem.
"- Perdi alguma coisa? - perguntou Wulfric.
Christine Derrick pousou a mão sobre a dele - o monóculo desaparecera de novo dentro da bolsinha.
- Sim - disse ela. - Mas precisaria de um espelho para ver. O senhor perdeu seu próprio sorriso.
Que diabos? Ele franziu a testa para ela.
- Acredito que seja um evento tão raro quanto uma rosa no inverno - comentou Christine. E ela estava rindo dele de novo, a insolente." - P. 287
Enfim... a série Os Bedwyns não poderia ter terminado melhor. Apesar de deixar muitas saudades (eu, particularmente, amei a série), ela finaliza um ciclo de maneira esplendida e com gostinho de dever cumprido. Mary Balogh foi maravilhosa nesse livro.
E que venham muitos outros livros dessa autora que se tornou uma das minhas queridinhas!
Ahh... confira as resenhas sobre os títulos anteriores da série:
- Ligeiramente Casados
- Ligeiramente Maliciosos
- Ligeiramente Escandalosos
- Ligeiramente Seduzidos
- Ligeiramente Pecaminosos
"Wulfric se viu obrigado a admitir que a Sra. Derrick o fazia se lembrar das próprias irmãs... porém lhe faltava a aura dos que tinham berço, que sempre as salvara da vulgaridade. Não que a Sra. Derrick fosse exatamente vulgar. Ela só não era boa aristocrata. Não era mesmo, afinal, não havia nascido no beau monde." - P. 58
Um livro mais próximo da realidade. O duque e Christine não se apaixonam a primeira vista (como ocorre em muitos romances de época), eles aprendem a amar; têm que superar tradições e o conhecido; eles aprendem a enxergar realmente o outro.
Wulfric é o chefe da família, o Duque de Bewcastle, temido por todos, arrogante, frio, e tudo mais o que já sabemos, mas no fundo tem um coração bom e faz tudo por aqueles que ama (mesmo que de forma discreta).
Christine Derrick é viúva e tenta viver longe da sociedade que um dia fez parte. Preza pelas amizades que conseguiu manter, e faz tudo por elas. Dedicada a dar aulas no vilarejo que mora, é engraçada, sonhadora, forte, ingênua, bondosa, alegre. Impossível ficar perto dela e não ser atraído por sua energia: "...ela emanava aquela energia que Wulfric percebera desde o início, aquela vitalidade. Quando estava animada, ela certamente parecia emitir uma luz que vinha do seu íntimo... o que acontecia com frequência. Parecia amar as pessoas - e a maior parte das pessoas retribuía o sentimento." - P. 80
O primeiro encontro dos dois é inusitado. E um fica curioso sobre o outro. Wulfric com seu jeito imponente desperta um sentimento de desafio em Christine, o que ocasiona em vários eventos engraçados; e, inusitados para o Duque de Bewcastle que sempre viveu de forma linear e acostumado a suas vontades serem recebidas sem questionamentos, e os seus olhares serem imediatamente obedecidos.
Ela é a personificação da alegria genuína; ele é a da austeridade.
A história não poderia ter sido mais perfeita. Wulfric é desafiado tanto por Christine como por seus sentimentos. Apesar de tentar não sair do seu mundo perfeito e sensato, de fazer as coisas a sua maneira, ele chega a um momento que tem que escolher seguir sem Christine, ou lutar pelo amor. E quando ele faz isso encara a tarefa de conquistar Christine verdadeiramente - o que às vezes não era uma tarefa das mais fáceis.
Tiveram momentos em que eu quis sacudir Christine e dizer: 'ele está tentando, colabore um pouco também'; e em outros momentos eu queria fazer o mesmo com Wulfric - eu pensava: 'agora vai, ele vai surpreender, vai sorrir', e ele continuava parecendo uma pedra por fora e não deixava os sentimentos transparecerem. Era frustrante, mas era o Duque de Bewcastle sendo o Duque de Bewcastle.
"- Eu seria consumida pelo senhor - disse Christine, e piscou furiosamente quando sentiu os olhos marejados. - O senhor drenaria de mim toda a energia e toda a alegria. Apagaria todo o fogo da minha vitalidade.
- Dê-me a oportunidade de inflamar ainda mais as labaredas desse fogo - pediu ele -, e de alimentar sua alegria." - P. 188
Maaaaaaaaaaaassss chegou um momento que ele SURPREENDEU todo mundo: leitor, Christine e ATÉ a própria família. E foi lindo e emocionante ver o quanto ele se predispôs a mudar, a se libertar para poder amar e ser amado.
O livro traz uma história linda de amor, mas também traz histórias sobre: superação de preconceitos, de tradições e de decepções; renovação e transformação; família e amigos; confiança; e , principalmente, de autoconhecimento e coragem.
"- Perdi alguma coisa? - perguntou Wulfric.
Christine Derrick pousou a mão sobre a dele - o monóculo desaparecera de novo dentro da bolsinha.
- Sim - disse ela. - Mas precisaria de um espelho para ver. O senhor perdeu seu próprio sorriso.
Que diabos? Ele franziu a testa para ela.
- Acredito que seja um evento tão raro quanto uma rosa no inverno - comentou Christine. E ela estava rindo dele de novo, a insolente." - P. 287
Enfim... a série Os Bedwyns não poderia ter terminado melhor. Apesar de deixar muitas saudades (eu, particularmente, amei a série), ela finaliza um ciclo de maneira esplendida e com gostinho de dever cumprido. Mary Balogh foi maravilhosa nesse livro.
E que venham muitos outros livros dessa autora que se tornou uma das minhas queridinhas!
Ahh... confira as resenhas sobre os títulos anteriores da série:
- Ligeiramente Casados
- Ligeiramente Maliciosos
- Ligeiramente Escandalosos
- Ligeiramente Seduzidos
- Ligeiramente Pecaminosos
Beijosss e até a próxima!!!!
1 comentários:
Uau... Que resenha linda! Não li nenhum desses ainda então fiquei com uma vontade enorme de ler já.... Parabéns... Amei seu relato....
Postar um comentário
Compartilhe conosco suas ILUSÕES!