Sentel York: A Batalha Pelo Amanhecer
Autor: Diego de Lima
Editora: Garcia Edizioni
Categoria: Ficção / Nacional
ISBN: 978-85-6549-056-6
180 Páginas
1º Edição – 2014
Sinopse
O ano é o 90 da Era Apocalíptica, e uma rebelião se inicia em Sentel York, a última cidade remanescente na face da Terra.
Liderados por Eric, um ex-Major da extinta Força Especial da Salvação, os rebeldes tentam fazer frente aos denominados "generais", fiéis servidores do Imperador Bu que, com a morte de seus grandes rivais, o Imperador Chacal e o Imperador M, se auto-proclamou o senhor de Sentel York.
Em meio a esse confronto eminente, uma menina pode ser a chave para a salvação da humanidade, a pequena Safira, que estava sobre a proteção dos rebeldes, mas acaba sendo sequestrada por Cássius, um "ex-general" renegado, que perdeu a mulher que amava e pretende usar a menina como moeda de troca para obter sua vingança.
Escolha seu lado, pois a batalha começou e todos terão que lutar!
Sentel York: A Batalha Pelo Amanhecer é o segundo volume da trilogia Sentel York. Nesta obra o autor mistura ação inteligente com cenas de combate homem a homem, em meio a um suspensa sublime que interliga personagens numa trama envolvente e misteriosa. Tudo acontece num planeta Terra pós-apocalíptico, onde impera a crueldade e barbárie.
Minhas Impressões
Em 2011 Angelina Jolie dirigiu um filme chamado "In the Land of Blood and Honey" que fala sobre a guerra da Bósnia. Para isso ela pesquisou o assunto em vários livros. Um certo escritor entrou com um processo alegando que ela copiou a história do livro dele. Ela se defendeu dizendo que nunca leu o livro desse escritor. Tomando isso como verdade, entendemos então que, se os livros tem o mesmo tema as histórias são parecidas.
Imaginemos então uma história qualquer. Quase toda a população de uma grande cidade, particularmente um grupo, vive escondida e vagando pelos escombros do que restou dessa cidade, quase que totalmente destruída, tentando de todas as formas sobreviver e lutando contra um tirano que tem o único desejo de ter a cidade e todos que nela vivem sob seu controle, sob seu poder, prendendo, escravizando ou matando os que lutam contra ele. Para isso o tirano dispõe de muitos soldados que a princípio o obedecem cegamente para usufruir de suas recompensas. Um casal, em especial a mulher, tem o poder de acabar com essa tirania e devolver a paz e a liberdade para a população. Resta a expectativa de descobrir qual o poder que essa mulher especial possui e como se dará o desfecho. O leitor com certeza vai pensar que estamos falando de "Sentel York", o título da resenha. Claro que sim, mas também estamos falando da saga "Bruxos e Bruxas" de James Patterson, e que também está sendo resenhada neste blog.
Em se tratando de Brasil, acredito que muitos pensariam que Diego de Lima, nosso autor, copiou James Patterson e corre o sério risco de ser processado por conta da provável repercussão da resenha. Na verdade as duas histórias são também muito semelhantes a tantas outras, muitas um pouco mais famosas como "O Exterminador do Futuro", "Mad Max", "A. I. Inteligência Artificial", "Planeta dos Macacos". Histórias das transformações que poderão acontecer no nosso mundo, muitas vezes a destruição quase que completa do planeta ou de nossas cidades, e a sobrevivência de poucos seres humanos, vivendo escondidos nos escombros, formando secretamente grupos de resistência para lutar contra uma suposta dominação e evitar um iminente extermínio. Esta é nossa história, a continuação dessa sobrevivência neste segundo volume da trilogia “Sentel York”.
Um ano após Eric conhecer Safira e tomar para si a missão de protegê-la, muita coisa aconteceu, as mudanças de personagens foram significativas. Mas o mundo continua o mesmo, cidades quase totalmente destruídas, quase extintas, a fome, o medo e a violência continuam a assombrar a todos, sem exceção. Um grupo de resistência liderado por Eric, nosso antes solitário herói, invade uma usina de energia solar, a maioria dos soldados é de ex-escravos do ex-imperador Chacal, que foi assassinado. Dos três imperadores do primeiro livro temos apenas um, ou seja, não basta ser um poderoso imperador sem manter seus subordinados fiéis a seus propósitos. Para conquistar ou se manter no poder é necessário ter as armas certas nos lugares certos. A usina solar é uma dessas armas e é por isso que os rebeldes estão tentando conquistá-la.
Os personagens são numerosos, com mais tramas paralelas, no primeiro livro vários personagens que a principio pareciam importantes, morreram. No seu lugar apareceram outros, ou assumindo o lugar ou prestes a assumir. Todos tem uma conexão um com o outro, com o ódio e a violência, na maioria das vezes fazendo parte dessa conexão. O recurso de flashbacks continua sendo usado para ajudar o leitor a entender melhor a história.
Safira cresceu e agora tem mais consciência dos que estão e do que acontece ao seu redor, já tem idéia que possui um conhecimento que nas cabeças e mãos erradas poderá ser usado para trazer mais sofrimento a ela e aos que estão com ela, principalmente aos que a estão ajudando. Sabe também que uma das poucas pessoas em quem pode confiar é Eric. Safira, como não poderia deixar de ser, é órfã, algo muito recorrente em milhares de histórias que conhecemos e que vez ou outra tem sido comentado neste blog. Os maiores e mais famosos, ou nem tanto, heróis da cultura do entretenimento são órfãos. Uma diferença entre “Sentel York “ e “Bruxos e Bruxas” é que os personagens de Patterson Wit e Wisty ainda tem pais, enquanto Safira e Eric são órfãos. Não dá pra dizer que Patterson copiou isso do nosso autor Diego.
Este é um dos livros de ficção lançados em um momento em que parecia que a literatura brasileira estava mais em evidência, o período entre 2012 e 2014. Muito foi falado e publicado a respeito da literatura brasileira, inclusive foi o período em que mais resenhas de autores nacionais foram publicadas no blog. Infelizmente alguns livros resenhados que teriam continuação ainda não foram publicados. Sentel York está em seu segundo volume e tudo leva a crer que logo sairá o terceiro, talvez antes dos outros. Esperemos que Diego de Lima consiga terminar e publicar sua história pós-apocalíptica para seus leitores.
“Eric nem ao menos podia ouvir sua respiração e as batidas de seu coração, apenas seus pensamentos pareciam fazer algum barulho em toda aquela imensidão.” - Pág. 97
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