Resenha: Um sopro de neve e cinzas - Diana Gabaldon - Editora Arqueiro

Um sopro de neve e cinzas

Autora: Diana Gabaldon

Editora: Arqueiro

Categoria: Fantasia, Romance Ficção Histórica

ISBN: 9788580418057

1168 Páginas

1ª Edição - 2018

Sinopse

América, 1772. Poucos anos antes da guerra de independência, o caos reina na colônia. Cadáveres espalham-se pelas ruas, vizinhos lutam entre si e grupos de salteadores aterrorizam a população por toda parte. Na Carolina do Norte, o incêndio de uma cabana e o assassinato de uma família inteira anunciam mudanças perturbadoras no cotidiano dos habitantes da Cordilheira dos Frasers.

Nesse cenário, Jamie Fraser recebe uma mensagem do governador Josiah Martin. Ele pede sua ajuda para conter os rebeldes e manter o domínio da Coroa britânica sobre as terras americanas. Mas Jamie já sabe o que está por vir. Sua esposa Claire, uma viajante no tempo nascida no século XX, conhece perfeitamente o destino reservado aos súditos leais do rei da Inglaterra: exílio ou morte.

Além disso, Claire surge com uma nota de jornal de 1776 que relata a morte dos dois num incêndio. Pela primeira vez, Jamie espera que ela esteja errada sobre o futuro.

Em meio às tensões, é chegado o momento de fazer uma escolha difícil, porém inadiável. À medida que se formam as linhas de combate e lealdades são testadas, Jamie e Claire sentirão na pele que absolutamente ninguém está seguro nesse novo país.

Estou aqui mais uma vez pra falar de Outlander! Sim, sou apaixonada por essa série, por cada livro, por cada personagem, por cada história e por essa autora que me leva a tantos níveis emocionais em uma mesma página.

Estamos finalmente no 6º livro - Um sopro de neve e cinzas - é um livro enorme e à primeira vista assusta (um pouquinho) até mesmo quem, como eu, não vive mais sem os Frasers, mas pode ler sem medo. É um livro fantástico, com lições, com demonstrações de amor e coragem.

Fazer uma resenha de um sexto livro de uma série sem dar spoilers dos anteriores é uma tarefa difícil, de Outlander então, mais ainda, mas como eu odeio spoiler, tentarei dar o mínimo possível. É extasiante falar sobre Outlander, mas ao mesmo tempo é uma tarefa árdua, pois quem discorre nunca conseguirá retratar tão bem esse universo.

Outlander é algo único, são mil histórias dentro de uma. Diana tem a delicadeza de captar sentimentos humanos e retratá-los de um jeito que faz o leitor se sentir parte do Clã dos Frasers, de sofrer e sorrir. É muito mais que um livro, podemos sentir e "viver".

Nesse livro eu sofri com Claire de uma forma única e que acho ela não tinha sofrido pessoalmente antes (durante a leitura eu ia pensando: PQP!). 

Achei que o livro foi uma sequência perfeita pra A Cruz de Fogo - continuamos a vivenciar a vida na Cordilheira, porém com o adicional de que todos estavam se preparando para a guerra da independência. A tensão de serem considerados traidores permeia boa parte da leitura e do desenrolar da história.

Com a iminência da guerra, grupos foram se formando para "proteger" o território e o povo, e isso acaba por desencadear uma série de fatos, sofrimento, união e a certeza de que Jamie e Claire sempre estarão juntos, fisicamente ou não.

É desolador vivenciar o sofrimento de Jamie em relação a Claire, mas é lindo de ver a superação.

Se eu tivesse que falar algo sobre o livro sem pensar muito seria: Claire sofre DEMAIS e os aprendizados medicinais. Em todos os livros anteriores "aprendemos" um pouco com os conhecimentos de Claire, mas o 6º livro foi o que mais os procedimentos foram descritos.

Fiz mais de 30 marcações para poder colocar na minha resenha que retratasse o livro, mas não consegui me decidir, pois quero colocar todas, então escolhi duas que para mim resumem a história de Jamie e Claire:

"- Sassenach - disse ele de repente, pousando o copo. - Quantas vezes você diria que eu estive perto de morrer?

...

- É, acho que você tem razão - falou, soando contrariado. - Cinco, então.", P. 114/115

"Eu percebera a hesitação de Jamie ao fornecer o nome, seu desgosto em tornar a assumir um dos muitos nomes falsos com os quais um dia vivera. Ele, mais que a maioria dos homens, valorizava o próprio nome - eu só esperava que, no devido tempo, seu nome voltasse a ter valor.", P. 987 

É incrível como Outlander não cansa, pelo contrário, cada página instiga a continuar a leitura. E ter que ler a última página sem ter o livro 7 publicado é angustiante. Que 2019 chega logo!!!!

Beijos e até a próxima resenha!