quarta-feira, 16 de março de 2016

Resenha: Encantadora de Baleias - Witi Ihimaera - Editora Barany


Encantadora de Baleias
Autor(a): Witi Ihimaera
Editora: Barany
Categoria: Ficção Neozelandesa
ISBN: 978-85-61080-18-1
 176 Páginas
1º Edição – 2012



Sinopse

Kahu de oito anos de idade anseia pelo amor e atenção de seu avô. Mas ele está focado em seus deveres de chefe de uma tribo maori em Whangara, na Costa Leste da Nova Zelândia – uma tribo que reivindica descendência de um lendário “cavaleiro da baleia”. Em cada geração desde o cavaleiro da baleia, um homem tem herdado o título de chefe. Mas agora não há herdeiro masculino – existe apenas Kahu. Ela deveria ser a próxima na linha para o título, mas seu avô, cego pela tradição, não vê utilidade para uma menina.

Kahu não quer ser ignorada. E na sua luta ela tem um aliado único: o próprio cavaleiro da baleia, de quem ela herdou a capacidade de comunicar-se com as baleias. Uma vez que o dom sagrado se revela, Kahu consegue reestabelecer as conexões ancestrais de seu povo, ganhar a atenção do avô – e conduzir a tribo para um audacioso futuro.




Olá, tudo bom? Hoje venho falar de um livro que se mostrou uma grata surpresa para mim. Em uma primeira impressão, “Encantadora de Baleias” pode parecer apenas um livro de fantasia com cunho infantil. Porém, ao lê-lo, descobri que ele possuía algo muito maior, capaz de inspirar aqueles que o leem.

Em primeiro lugar, fiquei muito encantado com a cultura maori. Eles realmente existem, assim como a lenda do “Cavaleiro da Baleia” – o próprio autor do livro, Witi Ihimaera, é um membro da tribo. Também há espaço para um pouco da cultura da Oceania, como o surf. A maneira como ele transpõe sua realidade para a literatura surpreende pela simplicidade e riqueza, explorando não apenas a fantasia, mas aspectos como a linguagem e as tradições. E é nesse último pilar onde o livro constrói a sua base.

A protagonista, Kahu, é uma menina ao mesmo tempo sensível e forte. Usa seus dons e sua doçura para provar a todos de que é capaz de herdar o título de chefe da tribo. Inicialmente, encontra apoio em sua família – que inclui os ótimos Rawiri e Vovó Flowers – e depois com a própria tribo, que passa a enxergar na menina as características de uma verdadeira líder.




Mesclada com a fantasia há um leque extremamente importante no livro, que é abordado de maneira sublime: o poder feminino. Em sua trajetória (e principalmente, sua relação com o avô) ela enfrenta uma tradição para poder provar sua capacidade, o que acaba rendendo sequências emocionantes – como a cena em que Kahu navega com as baleias no fundo do mar.

Em suma, “Encantadora de Baleias” é uma grande lição sobre luta e superação, colocada na figura de uma criança, que nos ensina a nunca desistir de nossos sonhos e a não duvidar da nossa capacidade de transformar o mundo.


Até a próxima resenha!






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