segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Resenha: Outlander - A Viajante do Tempo - Diana Gabaldon - Saída de Emergência




Outlander – A Viajante do Tempo
Autora: Diana Gabaldon
Editora: Saída de Emergência
Categoria: Fantasia, Romance, Ficção Histórica, Drama
ISBN: 978-85-67296-22-7
800 Páginas
Edição – 2014


Sinopse


Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros.


Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro escocês, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?

Minhas impressões

“E se o seu futuro fosse o seu passado?”


Não sei nem por onde começar a falar sobre Outlander - A Viajante do Tempo.

Talvez pelo vazio que insiste em pairar sobre mim depois que terminei de lê-lo, ou a ânsia para ler o segundo, ou até mesmo o desespero para que todos os outros livros da série sejam (re)lançados o mais rápido possível – muitos sentimentos se apoderaram de mim, e todos no mesmo nível, o mais alto possível.


Há algum tempo (03 de agosto de 2014, especificamente – dei uma busca no Facebook dela) vi uma foto que uma amiga, Natália Alexandre, postou do livro, com a legenda: “Já tenho um Jamie pra chamar de meu! #nowreading”); depois de alguns dias ela postou novamente, dizendo que iria levar Jamie para Belém. – Fiquei bem curiosa sobre o livro, mas como naquele momento estava entretida com outros livros, o tamanho e o fato de a série ser composta de 8 livros não me animaram, e por isto não fui procurar saber nada a respeito da série e disse que não iria lê-la – foi ai que eu pequei!

Como já comentei no meu Review: Série OUTLANDER da série homônima, minha curiosidade ultrapassa determinados limites hahahahaha me rendi à série, me apaixonei, e transferir esse amor para o livro foi um passo desesperado de ânsia para ler com urgência e tão fácil que fez eu me deliciar absurdamente com a leitura, mesmo sendo um livro de 800 páginas, pareceu que tinha somente 200.


Confesso que o livro ultrapassou todos os limites da expectativa; bateu recorde de me surpreender; me encantou a cada página virada; me fez rir nos momentos mais adversos; me fez ter medo em momentos de calmaria; chorei (lógico) nos momentos trágicos e nos alegres; uma mistura de todos os sentimentos possíveis e impossíveis transbordaram de mim durante a leitura (e continuam transbordando toda vez que eu lembro do livro – o que ocorre 90% do meu dia).








A cada linha que eu lia, eu pensava: não é possível que essa autora, Diana Gabaldon, ainda tenha ideias. O livro é espetacular e há muito tempo não lia algo tão bem construído. Uma história impecável, com personagens fortes e atraentes, com história de verdade, com drama, sofrimento, alegria, romance, amor, amizade – um livro diferente de tudo que eu já li!!!


Uma das coisas que me deixou bastante feliz com essa leitura, foi o cuidado, que percebi, que a Editora Saída de Emergência teve com a edição do livro - não lembro de ter visto nenhum erro, o que é algo raro de acontecer hoje, vez que a maioria dos livros estão vindo lotados de erros, além de ser um livro de 800 páginas, o que seria até normal de acontecer. A edição ficou muito boa, e a capa deu um ar todo especial ao livro. A editora está de parabéns e realmente me orgulho de ter lido um livro tão bem construído, tanto a história, quanto à elaboração física dele!

Apesar de ser narrado em 1ª pessoa, por Claire, a leitura não ficou a desejar ao nos transmitir os fatos e sentimentos dos demais personagens. Não posso deixar de falar que o livro é bastante detalhista, e por isto nos fez conhecer todos os personagens de uma maneira profunda, inclusive os secundários, sem falar nas paisagens, objetos, animais, construções, e vilas que conseguíamos imaginar de maneira bem esclarecedora.

A 1ª parte da série só tem metade do livro adaptado, sendo assim, minha opinião mudou um pouquinho em relação a alguns personagens depois que li o livro todo – o que é normal de acontecer, apesar de achar que a adaptação está sendo fiel ao livro, é impossível eles retratarem o livro exatamente como é.

Quanto a Claire, o livro só fez confirmar o que eu já tinha achado – ela é uma guerreira, corajosa, e daquelas que ama de verdade – e eu adoro como ela as vezes é sarcástica. Não a chamaria de mocinha, ela está mais para uma mulher bem decidida, com suas dúvidas, mas resolvida – sabe o que quer e luta por isso. É difícil ter um segredo da proporção do dela e enfrentar sozinha – além de não saber da reação das pessoas ao revelá-lo, corre risco de retaliações, e ela o enfrenta de forma esplêndida, com classe e coragem, e sabe o momento certo de revelá-lo e como usá-lo. 

“ – Ma chère, sirvo a um homem que multiplicou os pães e peixes – sorriu, meneando a cabeça para o lago, onde os redemoinhos causados pelos movimentos das carpas se alimentando ainda diluíam -, que curou o doente e ergueu o morto. Devo ficar espantado que o mestre da eternidade tenha trazido uma jovem mulher pelas pedras da terra para cumprir Sua vontade?
Bem, refleti, era melhor do que ser denunciada como meretriz da Babilônia.” – Págs. 776/777





(Colum MacKenzie, Claire, e Dougal MacKenzie)


Ahhh Jamie... se na série, mesmo eu achando que ele deveria ter aparecido mais (o que depois de ler o livro eu entendi o motivo), com a leitura eu me apaixonei por ele, desejei com todas as minhas forças que ocorresse o inverso do que ocorreu com Claire, que ele fosse transportado para os dias atuais – seria uma dádiva!!!!!

Ele é o verdadeiro cavalheiro, mesmo rústico, ele é lindo, encantador, protetor e alegre – gente não consigo imaginar outro ator para fazer Jamie Fraser, do que Sam Heughan (assim como acho que Caitriona Balfe foi a escolha perfeita para viver Claire). Estou em êxtase!!!!

Acho que não tem casal que se encaixe mais perfeitamente do que Jamie e Clarie – ela, não sabe, mas precisa de um amor verdadeiro, um amor por quem daria a vida, e ele precisa de alguém para protegê-lo, como Claire faz.

“- Muito obrigado, Claire. Você tem mãos boas. – Estendeu o braço para tocar meu rosto, mas pareceu desistir da ideia; abanou a mão e deixou-a cair ao lado do corpo. Aparentemente, ele também, sentira aquela estranha onda de intimidade. Desviei o olhar apressadamente, agitando a mão num gesto que dizia não-tem-de-quê.” – Pág. 92






Gente...preciso falar que ao ler o livro, Frank me decepcionou! Quem leu meu review, viu que falei que tinha gostado dele, mas achei ele enfadonho no livro, cansativo, só queria saber da sua árvore genealógica, e não era o marido que Claire precisava – acho que por isto Claire apesar de gostar dele, esse gostar não é o suficiente para que o laço matrimonial faça com que ela não se dedique e dedique seu amor à Jamie.

Não posso esquecer de falar sobre Jack Randall (um descendente de Frank), já não gostava dele quando assisti a série, depois que li o livro, desejei o pior para ele - juro que ele me dá nojo. Um personagem maravilhosamente bem escrito, fez com que eu ficasse com aversão à ele. Vamos descobrir os motivos dos seus atos durante a leitura e até o final do livro vamos nos surpreender com todas as suas atitudes degradantes e brutais.

Se eu tinha alguma dúvida sobre quem era meu preferido, Jamie ou Frank, quando eu assisti a série, essa dúvida se dissipou logo no início da minha leitura – agora além de eu ter o meu preferido e torcer ardentemente por ele (na verdade pelo casal), eu realmente não quero que ela volte para o ano de 1945, além de ser mais feliz, apesar das adversidades do ano de 1743, ela encontrou o amor verdadeiro.

“- Ah, sim, Sassenach – respondeu ele, um pouco melancolicamente, - Eu sou seu senhor... e você é minha senhora. Parece que não posso possuir sua alma sem perder a minha. – Virou-me de lado e curvou o corpo em torno do meu. O quarto esfriava com a brisa da tarde que entrava pela janela e ele puxou a colcha sobre nós. Você é muito esperto, rapaz, pensei sonolentamente comigo mesma. Frank nunca descobriu como conseguir isso. Adormeci com seus braços trancados com força ao meu redor e sua respiração quente na minha orelha.” – Pág. 412



(Craigh Na Dun)


Novamente, estou postando a música que é abertura da série – para mim não tem nenhuma melhor que descreva esse livro.



Sing me a song of a lass that is gone
Say, could that lass be I?
Merry of soul she sailed on a day
Over the sea to Skye

Billow and breeze, islands and seas
Mountains of rain and sun
All that was good, all that was fair
All that was me is gone

Sing me a song of a lass that is gone
Say, could that lass be I?
Merry of soul she sailed on a day
Over the sea to Skye

Cante-me uma canção de uma moça que se foi
Diga que a moça pode ser eu
Feliz de espírito, um dia ela navegou
Do mar para Skye

Ondas e brisas, ilhas e oceanos
Montanhas de chuva e sol
Tudo que era bom, tudo que era belo,
Tudo que eu era desapareceu

Cante-me uma canção de uma moça que se foi
Diga que a moça pode ser eu
Feliz de espírito um dia ela navegou
Do mar para Skye



Quem leu, deve estar na mesma situação que eu - extasiada com a leitura, e desesperada para o próximo livro: OUTLANDER - A Libélula no Âmbar

Quem não leu, faça isto o mais rápido possível, pois está perdendo uma das melhores leituras que poderá ter!


5 comentários:

Elimar Souza disse...

Eu sabia que você ia ser fisgada por Outlander! Eu acho que dificilmente alguém vai conseguir escrever um livro melhor do que esse. Já tive a oportunidade de ler romances tão bons quanto esse, mas melhores, nunca. O fato da Saída de Emergência ter tido todo um cuidado especial em relançar o livro, sabendo respeitar todas as particularidades da obra de Diana, me fez imensamente feliz. Vou ficar aguardando a resenha do próximo livro Pappy! :)

Ilusões Noturnas disse...

Concordo com tudo que você disse, minha Elimurf!
Realmente a edição ficou sensacional, e a estória é espetacular!!!!
hahhahahaha verá sim a resenha do próximo...não tão boa quanto as suas hahahah
e eu quero ver a sua sobre este, tb, viu??? não fuja não!!!
te adooooro!
beijos

Lia Christo disse...

Oi Paloma, que resenha apaixonante amiga.
Fiquei com muito mais vontade de ler os livros.
Eu ando fugindo de séries, ainda mais de séries longas assim...
Mas, depois de sua resenha e nosso papo no Facebook, terei que me render.
Logo que der vou adquirir os livros, e dentro do possível irei lendo a série.
Bjus
Lia Christo
www.docesletras.com.br

Ilusões Noturnas disse...

Sério você vai se arrepender de não ter lido antes!
Você vai amar!!!!!!
leia logo e venha me dizer o que você achou!
Beijosss, sua linda

Gi disse...

Amo Outlander, melhor série de livros e TV forever.

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