sábado, 21 de março de 2015

Resenha: Um perfeito cavalheiro - Julia Quinn - Editora Arqueiro



Um Perfeito Cavalheiro
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Categoria: Romance de Época
ISBN: 978-85-8041-238-3
304 Páginas
1º Edição – 2014


Sinopse

Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse parece um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, ela é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu.

Uma noite, porém, ela consegue entrar às escondidas no aguardado baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles.

Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres.

O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois. Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível.

Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica.


Minhas impressões

Acho que todo mundo já sabe que eu não gosto das sinopses, e a de Um Perfeito Cavalheiro é mais uma que entra para a lista. Sinceramente, fico me perguntando por que as Editoras não são mais discretas quando escrevem as sinopses, e param de contar o livro quase todo nelas.

Mas, vamos ao que interessa...

Um Perfeito Cavalheiro é o 3º livro da série da Família Bridgerton, da Julia Quinn, e, lógico que, como os outros 2 primeiros, encantou a quem leu. Eu li em um dia :p ahahah ameiii! É fofo demais! E não passei o dia todo lendo parecendo uma louca... a leitura é fácil e acolhedora! Tenho que falar que o meu capítulo preferido é o 2º (aaaiiinnnnn é nesses momentos que me pergunto por que não foi Walt Disney que me criou, sério). Confesso que este não é o meu livro preferido da série, mas eu fiquei encantada com ele – tem uma mágica diferente dos outros (acho que é a semelhança com a estória da Cinderela).

Com um toque de Cinderela (quem nunca quis uma noite de Cinderela pode começar a procurar um psicólogo ahuahuahauh), sem a Fada Madrinha original, claro, mas, como todo bom romance, tem um anjinho da guarda!

Sophie nos encanta logo no início do livro, e como toda personagem principal ela sofre, confesso que achei que ela sofre um pouco mais que o normal. O que ela queria era somente uma família de verdade, irmãs para brincar e serem amigas, e que o pai a aceitasse, ou pelo menos, a enxergasse de verdade – o que ocorre? Uma madrasta pior do que a da Cinderela surge na vida de Sophie – muita bruxa da Disney perderia o posto pra ela em um Concurso de Malvadeza!




O anjinho de Sophie se manifesta no dia do Baile de Máscara dos Bridgerton, não poderia ser em um dia melhor, e como a Cinderela, a felicidade dela tem prazo de duração certo, até meia-noite! E lá vai Sophie para o melhor dia (ou noite) da vida dela.




Eis que surge o bonitão da Temporada (adoro falar isso), o desejo das mamães casamenteiras e das filhas encalhadas (ou seja, se eu estivesse no livro, com certeza eu o desejaria – mesmo eu não estando, eu o desejo ahahhaha), Benedict Bridgerton! E é ai que tudo parece que vai mudar na vida de Sophie, mas... não! Ela ainda irá sofrer muito!



Impossivel não se empolgar com um baile de máscaras, onde tudo é proibido e permitido, onde todos estão ao alcance de todos, e a imaginação é quem rege todo o momento – não há limites para o encanto!


Claro que a Família Bridgerton não poderia ser parte esquecida da estória, e, como sempre, ela esta muito presente e nos faz mais feliz por isso! Da mãe aos irmãos, todos têm uma graça peculiar só deles, o que deixa a estória muito mais interessante!




O que eu mais gosto no livro? O fato de que o amor verdadeiro vence! Da até uma certa invejinha hahahah Benedict se apaixona por Sophie duas vezes; se apaixona pela sua versão elegante, que ele conheceu no Baile, e se apaixona pela versão dela camareira – o fato de ele não a reconhecer sem a máscara me deixou um pouquinho triste, mas sejamos sinceras...ele se apaixonar duas vezes por ela é muito mais interessante. Quem não quer um amor assim???






“- Por que está sorrindo? – perguntou Benedict.
Ela não se deu ao trabalho de olhar para ele ao responder:
- Estou tramando a sua morte.
Ele sorriu – não que ela estivesse olhando, mas conseguia sentir pela respiração dele.
Sophie detestava ser tão sensível a cada nuance de Benedict. Sobretudo por estar cada vez mais desconfiada de que ele tinha a mesma sensibilidade em relação a ela.
- Pelo menos parece divertido – comentou ele.
- O que parece divertido? – indagou ela, desviando enfim o olhar da bainha da cortina, que há encarava havia bastante tempo.
- Tramar a minha morte – retrucou Benedict, dando um divertido sorriso de lado. – Se vai me matar, é melhor que se divirta, porque Deus sabe que eu não vou me divertir.
Ela ficou boquiaberta.
- Você é louco – falou.
- Devo ser.” - Pág. 158/159


A trama em volta desse amor é o que torna esse livro especial, e confesso gostei muito mais que a trama da Cinderela!!!

As dificuldades que o “casal” vive; o preconceito de Benedict em relação à posição social dela (o que eu não acho nada absurdo PARA A ÉPOCA); a madrasta que de algum modo, seja psicologicamente ou fisicamente, se faz presente na vida de Sophie sempre de forma negativa; o posicionamento dos irmãos Bridgerton; e, principalmente, as atitudes de Violet, a matriarca da família (que por sinal protagonizou o melhor diálogo de todos os livros que eu já li hauhauhauahuah além de super atual – páginas 271 e 272 – não vale ler antes, pois perde a graça e vocês não entenderão corretamente) – isto tudo e mais um pouco tornam a estória especial e ao mesmo tempo parecida e completamente diferente da estória da Cinderela.


“- Alguém já fez um tour pela casa com você? – quis saber ele.
- A governanta.
- E pelos jardins?
- Não há jardins.
Ele sorriu, com o olhar caloroso e sedutor.
- Há um jardim, pelo menos.
- Do tamanho de uma nota de uma libra – retrucou ela.
- Mesmo assim...” – Pág. 179


A partir do capítulo 21, eu fiquei nervosa hahahah queria saber o que ia acontecer depois, mas estava com medo do que aconteceria, e confesso que tudo que aconteceu me surpreendeu de várias formas – coisas que eu nem sonharia que poderiam acontecer, aconteceram – isto é a melhor coisa de um bom livro, surpreender quando ninguém espera mais que isto ocorra.

E claro.... não poderia faltar a humor irônico presente em todos os livros, a leveza e a graça dos personagens, as birras do casal, e a nossa querida fofoqueira com todo o seu sarcasmo – Lady Whistledown.


“As especulações sobre o desaparecimento de Benedit Bridgertoon continuam. De acordo com Eloise, que, como irmã dele, deveria saber, ele era esperado de volta à cidade há vários dias.
Mas, como a própria Eloise precisa ser a primeira a admitir, um homem da idade e posição do Sr. Brodgerton não é obrigado a informar seu paradeiro à uma irmã mais nova” – Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown – 9 de maior de 1817.” – Pág. 145


Algumas capas de Um Perfeito Cavalheiro, que foram publicadas no mundo, mas tenho que admitir que a nossa é a mais bonita, sem comparações.


                                                                 

Confira as resenhas dos livros anteriores da série Os Bridgertons:



5 comentários:

Biazinha disse...

Eu amo a série,mas esse livro em especial foi encantador demas,esse toque de Cinderela na história,a persitência dela,mesmo com tudo contra ela,e os encantos de Benedict me conqustaram profundamente....

Linda resenha e as imagens e quotes deram um charme incrível à resenha.

bjsss

Apaixonadas por Livros

Bibi Santos disse...

Amo livros históricos, fico imensamente feliz em vê o valor que ele estar ganhando juntos as leitoras, a Julia é uma diva... desde a época dos romances de banca que sou fâ dela!

Laganowski disse...

Adorei a resenha Papy! Nossa, e adorei ainda mais quem vc usou para ilustrar a cena do baile!!! Adoro a família Bridgerton e amooooo livros de época!!!

Ilusões Noturnas disse...

Biaaa...que bom que nossas ideias foram semelhantes!
feliz por vc ter gostado da resenha!
Beijoss

Ilusões Noturnas disse...

Biaaa...que bom que nossas ideias foram semelhantes!
feliz por vc ter gostado da resenha!
Beijoss

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