Encantadora de Baleias
Autor(a): Witi Ihimaera
Editora: Barany
Categoria: Ficção Neozelandesa
Editora: Barany
Categoria: Ficção Neozelandesa
ISBN: 978-85-61080-18-1
176 Páginas
1º Edição – 2012
176 Páginas
1º Edição – 2012
Sinopse
Kahu
de oito anos de idade anseia pelo amor e atenção de seu avô. Mas ele está
focado em seus deveres de chefe de uma tribo maori em Whangara, na Costa Leste
da Nova Zelândia – uma tribo que reivindica descendência de um lendário
“cavaleiro da baleia”. Em cada geração desde o cavaleiro da baleia, um homem
tem herdado o título de chefe. Mas agora não há herdeiro masculino – existe
apenas Kahu. Ela deveria ser a próxima na linha para o título, mas seu avô,
cego pela tradição, não vê utilidade para uma menina.
Kahu
não quer ser ignorada. E na sua luta ela tem um aliado único: o próprio
cavaleiro da baleia, de quem ela herdou a capacidade de comunicar-se com as
baleias. Uma vez que o dom sagrado se revela, Kahu consegue reestabelecer as
conexões ancestrais de seu povo, ganhar a atenção do avô – e conduzir a tribo
para um audacioso futuro.
Em primeiro lugar, fiquei
muito encantado com a cultura maori. Eles realmente existem, assim como a lenda
do “Cavaleiro da Baleia” – o próprio autor do livro, Witi Ihimaera, é um membro
da tribo. Também há espaço para um pouco da cultura da Oceania, como o surf. A
maneira como ele transpõe sua realidade para a literatura surpreende pela
simplicidade e riqueza, explorando não apenas a fantasia, mas aspectos como a
linguagem e as tradições. E é nesse último pilar onde o livro constrói a sua
base.
A protagonista, Kahu, é uma
menina ao mesmo tempo sensível e forte. Usa seus dons e sua doçura para provar
a todos de que é capaz de herdar o título de chefe da tribo. Inicialmente,
encontra apoio em sua família – que inclui os ótimos Rawiri e Vovó Flowers – e
depois com a própria tribo, que passa a enxergar na menina as características
de uma verdadeira líder.
Mesclada
com a fantasia há um leque extremamente importante no livro, que é abordado de
maneira sublime: o poder feminino. Em sua trajetória (e principalmente, sua
relação com o avô) ela enfrenta uma tradição para poder provar sua capacidade,
o que acaba rendendo sequências emocionantes – como a cena em que Kahu navega
com as baleias no fundo do mar.
Em
suma, “Encantadora de Baleias” é uma grande lição sobre luta e superação,
colocada na figura de uma criança, que nos ensina a nunca desistir de nossos
sonhos e a não duvidar da nossa capacidade de transformar o mundo.
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