Resenha: A boa moça - Georgette Heyer - Editora Record

A boa moça
Autora: Georgette Heyer
Editora: Record
Categoria: Romance de Época
ISBN: 978-85-01-07722-6
288 Páginas
1º Edição – 2011

Sinopse

O visconde Ashley Desford levava uma vida distinta e muito confortável até que o destino coloca em seu caminho Cherry Steane, uma jovem que vive sob os – maus – cuidados de parentes. Ao encontrá-la vagando pela estrada, ele é tomado por um impulso cavalheiresco e embarca numa viagem à procura do avô recluso da doce moça. Contrariando as regras do bom costume, Ashley recorre a sua amiga de infância, Henrietta Silverdale, para ajudá-lo na missão. Embora há alguns anos tenham rompido o noivado arranjado, Ashley e Henrietta preservaram a forte amizade.

Mas, enquanto o visconde se aventura por lugares não muito bem frequentados, Henrietta se pergunta se ele finalmente vai abdicar de sua vida de solteiro. Ashley pode estar prestes a começar a maior tolice de sua vida, quando seu irmão Simon aparece para uma oportuna intervenção...

Com leveza, sensibilidade e bom humor, A boa moça aborda as limitações e possibilidades das convenções sociais da Inglaterra do início do século XIX.

Uma divertida e cativante história que nos permite ver de perto, com todas as suas sutilezas, a sociedade inglesa e seus valores.

Minhas impressões

Quando digo que não gosto de sinopses e que raramente as leio, é a mais pura verdade. E apesar de não ter gostado desta, em parte, pois ela faz com que o leitor acredite que o livro é muito mais intenso do que realmente é; tenho que confessar que também tive um sentimento positivo em relação à mesma, pois ela é meio que uma pegadinha, nos induz por um caminho e o livro se revela outro – o que é bastante interessante (sei que algumas pessoas podem pensar que acabei com o mistério do livro aqui, mas juro que só com 3% dele).

Eu adoro a autora, e apesar de não ter me encantado muito com este livro em especial, os outros livros que já li, como por exemplo: Venetia e o Libertino, eu, simplesmente, me apaixonei. Entretanto, apesar de eu indicar os livros da Georgette para todo mundo, eu sempre faço questão de ressaltar que ela tem um estilo de escrita parecido com o da, amada, Jane Austen, ou seja, uma linguagem mais robusta, uma a escrita mais clássica e sempre envolve questões da época, apesar de elas se diferenciarem no quesito cômico, pois a Georgette insere vários momentos de ironia e comédia, mas sem perder a linha clássica e abordando ainda assim, as convenções sociais da época.

Cherry Steane é uma mocinha bem simples, não tem nenhum atrativo especial, como costura ou música, ou até mesmo uma inteligência diferenciada, a única coisa para qual ela demonstra aptidão especial é a paciência para com os enfermos e pessoas mais velhas. Ela é órfã de mãe e, teoricamente, de pai. O avô não a aceita, e devido a isto, ela se vê obrigada a ir morar com família da mãe – que, digamos, não são as pessoas mais simpáticas.

O visconde Ashley Desford é um cavalheiro – eu adorei ele. Só lendo para entender quão cavalheiro ele é. Disposto a se arriscar, e arriscar sua reputação por uma jovem que ele não conhece de fato, mas que sabe que é ingênua, sincera e muito legal. E adoro o fato de saber que ele tem uma melhor amiga – naquela época, início do século XIX, a relação homem e mulher não era a mesma dos dias de hoje, e poucas eram as mulheres que tinham voz, ou seja, muitas vezes a relação se limitava ao casamento. Sendo assim, acho esse um dos melhores pontos do livro.

Henrietta Silverdale e o irmão do visconde, Simon, são os personagens “secundários” mais principais de todos os tempos hahahahaha sério! Eles são O diferencial do livro, e tenho que dizer que eles deixaram o livro melhor. Queria falar mais sobre “outros personagens”, mas se fizer isto, terei que contar algumas coisas do livro que prefiro deixar para vocês descobrirem.

Ahhh... E quanto a capa: é linda demais (bem mais bonita do que a capa em inglês – imagem abaixo)! A diagramação também é muito boa, o que torna o livro mais fácil de ser lido. Leiam algum livro da Georgette, ela é uma autora excelente (mas não comecem com esse hahahah deixem para depois).